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Mostrando postagens de setembro, 2016

Uma Introdução à Magia do Caos

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por Adrian Savage      Caos — a ausência de forma e ordem. Acima de qualquer outra palavra, o caos assombra o homem ocidental. Enche sua mente com visões de marés encontrando-se com rios, homens dando luz à rãs, peixes voando através de grossas nuvens. É o cerne inominado de todas as histórias de terror — o inesperado, o imprevisível, o incontrolável, o anárquico — Caos.       O homem ocidental, desde os primórdios de sua história, tem procurado derrotar um dos mais implacáveis de seus inimigos — o Caos. Procurou, por gestos e palavras , domar os desejos caóticos e arbitrários de seus primeiros Deuses. Criou a imagem de uma divindade toda poderosa, que não apenas trouxe ordem do nada, mas é a ausência da lei. Escolheu inumeráveis tiranos, preferindo a perda de sua própria alma à visão de cães correndo desenfreadamente em suas ruas. Examinou o mundo a sua volta, desejando encontrar leis inflexíveis. Quase destruiu as condições originais de seu planeta — os processos reais que tor

Excerto: As Crianças Selvagens

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Capítulo de: " Caos, os Panfletos do Anarquismo Ontológico "  (parte um de "Z. A. T."), de Hakim Bey      O INSONDÁVEL CAMINHO LUMINOSO da lua cheia — meia-noite em meio a Maio em algum Estado que começa com "I", tão bidimensional que dificilmente pode-se dizer que possui alguma geografia — os raios tão prementes & tangíveis que precisas traçar as nuances para pensar com palavras.      Está fora de questão escrever para as Crianças Selvagens. Elas pensam em imagens — para eles a prosa é um código ainda não completamente digerido & ossificado, assim como nunca é completamente confiável para nós.      Podes escrever sobre eles, para que outros que perderam a cadeia prateada possam seguir adiante. Ou escrever por eles, fazendo da ESTÓRIA & do EMBLEMA um processo de sedução dentro de tuas próprias memórias paleolíticas, um bárbaro engodo para a liberdade (caos como o CAOS o entende). Para esta espécie do outro mundo, ou &quo

Excerto: Magia Octarina

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(por Peter J. Carrol)      Seguindo as hipóteses de Pratchett em " The Colour of Magic" (e muitas coisas úteis são  ditas em forma de gracejo), a oitava cor do espectro pode ser chamada de octarina . Esta  cor será, para o mago, a sua percepção pessoal da magia. Para mim, ela é uma  tonalidade particular do rosa-púrpura elétrico. Minhas visões mais significativas têm  ocorrido, todas nesta cor, e visualizo-a para colorir muitos de meus encantamentos  sigilos mais importantes no Astral. Antes que eu navegasse num barco feito à mão pelo  Mar da Arábia, fui induzido por um feiticeiro indiano a aceitar uma imensa estrela de  rubi, de valor incalculável. Ela era de um matiz, exatamente, octarino . Durante o mais  violento tufão que jamais experimentei, encontrei-me agarrado aos gurupés, gritando  minhas conjurações para Thor e Poseidon ao mesmo tempo que enormes ondas  atiravam-se contra o barco e luminosos raios octarinos quebravam no mar por toda a  volta. Olhando para o p

Combate Mágico: Uma Aproximação Sistemática de uma Batalha Mágica Entre Duas Pessoas

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(por Peter J. Carrol)      A batalha mágica, uma pessoa lutando com outra, é um tema problemático. Este artigo envolve uma solução do problema.      O primeiro passo é obter algum tipo de vínculo talismânico com o indivíduo que é objeto do ataque. Este vínculo agirá como um agente através do qual o ataque fluirá. Os vínculos talismânicos podem ser divididos em três categorias: Físicos, Mentais e Astrais.      Um vínculo físico é algum item material relacionado de alguma forma ao indivíduo-alvo. Por tradição, fios de cabelo ou aparas de unha são melhores. Algo escrito à mão também é bom, especialmente se for algo em que o indivíduo-alvo concentrou-se para produzir. Isto faz com que ele coloque mais de "si mesmo" na escrita, relacionando-a fortemente com sua mente. Itens de propriedade pessoal também servem, quanto mais pessoal ou sentimental, melhor.      A Segunda categoria é a dos vínculos mentais. Estes são facilmente obtidos se o indivíduo-alvo é conhecido d

O Combate Mágico

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(Por Peter J. Carrol)      O combate entre bruxos ocorre, ou como resultado de conflitos de interesses profissionais não-resolvidos, ou senão como exercícios de treinamento ou teste de supremacia. Se ambos os protagonistas forem habilidosos, os resultados são improváveis de serem fatais. O combate entre magistas e pessoas ordinárias, cada um com suas próprias técnicas e armas, é provável ser tão perigoso para qualquer partido quanto o combate entre pessoas ordinárias.      O combate mágico deve ser empreendido com a mesma seriedade dada às considerações do assalto, ao ato de infligir angústia e doença, danos corporais graves e homicídio. O protagonista que estiver psicologicamente despreparado para realizar estas coisas fisicamente, não as cumprirá psiquicamente. De todos os motivos possíveis, vingança é o mais insensato exceto como uma demonstração e admoestação à outras pessoas. Violência é o instrumento mais cego e um pouco de reflexão pode indicar formas mais efetivas de

Magia do Caos: O Ocultismo No Contexto Pós-moderno

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(de Peter J. Carrol, traduzido por José Carlos Neves) É indubitável que o Mago Aleister Crowley contribuiu para a luta contra o monoteísmo, assim como é patente que ele pegou o bonde andando. A Ciência, que basicamente nasceu da Magia renascentista, já havia alijado o monoteísmo como uma prática parasítica nas culturas mais avançadas. Crowley era um entusiasta da Ciência, o que era muito apropriado para sua época, mas é no trabalho de Austin Osman Spare que detectamos um certo agouro. Contraditoriamente, também é o trabalho de Spare que se mostra mais austero e "científico"quando comparado com algumas extravagâncias simbólicas e mais barrocas de Crowley. Spare rejeitava a simbologia clássica de priscas eras esquecidas em prol de uma Magia mais pessoal. Valendo-se de um mínimo de hipóteses ele desenvolveu uma Magia a partir de sua própria memória e subconsciente raciais. Independentemente de sistemas complexos, ele desenvolveu técnicas efetivas de encantamento e sig