Poema: Noites Sombrias

Oh, noites sombrias
Que eu amava tanto!
Contemplo agora teu encanto
E sinto em deixá-la sozinha.
Sinto a morte que se avizinha,
Sinto que logo estarei morto,
E tu não serás mais minha,
Não verás mais meu corpo.

Presenciou minha alegria
Ao ver pela janela
Entrar em meu quarto
Uma linda donzela,
Talvez a mais bela,
Despir-se pra mim.
E tudo na vida,
Até mesmo a vela
Que iluminava ela,
Chega ao fim.

Oh noites sombrias,
Frias e serenas,
Presenciou a cena,
Aquela cena singela,
Ao ver que a donzela,
Mais alva que a lua,
Estava nua,
Diante de mim.
Com sua alvura
E alma pura,
Trouxe à minha alma obscura
Felicidade sem fim.

Oh noites sombrias,
Silenciosas e frias,
Sabes que sou insano
E que te amo,
Mas tenho que ir.
Como acontecia 
Ao chegar do dia
E você partia
Deixando-me assim.
E te digo agora
Que vou embora,
Chegou minha hora,
Não chores por mim.

Comentários

Mais lidos

Fotamecus

Excerto: A Roda das Encarnações

Magia do Caos: O Ocultismo No Contexto Pós-moderno

Ocultismo Vitoriano e a Arte da Sinestesia

O que é Abralas?

Sobre o Hoodoo Tradicional e Hoodoo de Nova Orleans...

Os Pesadelos de Zdzislaw Beksinski

Excerto: A FILOSOFIA HERMÉTICA - excerto de "O Caibalon"

Poesia: Flores de Prata

Excerto: Envultamento